quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Consciência Negra!

20 de novembro “Dia da Consciência Negra” dia para reflexão nacional de um país onde o racismo é escondido, no qual os grandes quilombos estão maquiados com as falsas propostas de um estado justo e de igualdade social.

Dessa falsa proposta, o CEDECA Interlagos foi para as ruas do extremo sul da cidade de São Paulo onde “o filho chora e a mãe não vê”. Realidade em que todo tipo de discriminação racial acontece e ninguém intervém.

É, vivemos nos grandes quilombos do século XXI onde basta ser negro, pobre e morador da periferia, para todos os seus direitos serem cruelmente violados, sem direito de chorar e muito menos gritar para o mundo inteiro ouvir que lutamos pela igualdade social.

O evento foi realizado no dia 15/11 na Praça João Beiçola, localizada no Jd. Primavera. A idéia era fazer uma sensibilização para o Dia da Consciência Negra e resgatar alguns pontos com a comunidade em relação ao direito que as crianças e jovens desta região tem ao lazer e a cultura, apontando o descaso do Estado para com esses temas.

No evento, montamos uma exposição de diversos Bonecos em tamanho real, com placas contendo informações estatísticas a respeito da realidade da população da região, divulgamos a campanha “Sou gente, tenho direitos”, pelos 18 anos do ECA, e promovemos um festival de futebol. Esta intervenção causou um impacto bastante significativo na comunidade. Nas falas que foram feitas no microfone e no Megafone, as pessoas que estavam de passagem pelo local perguntavam coisas do tipo “Quem é ZUMBI dos Palmares?” Questão como essa em um país como o Brasil, em que a maioria da população é de origem negra, denuncia a falta de reconhecimento de sua própria história.

No Capão Redondo, região próxima ao Jardim Primavera, na Zona Sul, existiu o maior quilombo do Estado de São Paulo e ninguém parece saber dessa história no presente. Por isso, continuamos a acreditar e ressaltar as memórias das comunidades. Esta é a riqueza da periferia, onde as lutas começaram e não podem ter fim. São histórias que dão significado à luta pelos Direitos, pela igualdade social e um país justo.

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